Com muita satisfação comunicamos a todos a retomada das publicações na nossa revista, agora em um formato moderno, com amplo aprimoramento no processo de gestão da avaliação de artigos recebidos, bem como na sua divulgação.

Entre outras inovações, a partir da presente edição os artigos passam a contar com um identificador digital DOI, que facilita, em muito, o seu compartilhamento; e o tempo de avaliação destes artigos mostrou-se bem mais reduzido do que anteriormente.

Tais aprimoramentos visam incentivar os autores a divulgar seus trabalhos relevantes na nossa revista, de forma que ela volte a ser uma referência na comunidade de Pavimentação no Brasil.

A Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv) é a mais antiga e tradicional das associações na sua área no Brasil, sendo um guia da prática e de pesquisas acadêmicas de qualidade há mais de cinquenta anos. Suas publicações acuradas e de qualidade técnica influenciaram jovens engenheiros a seguir na área de pavimentos, orientaram inúmeras obras relevantes e serviram de base para muitas pesquisas científicas.

Há trabalhos da ABPv das décadas de 1960 e 1970 que ainda estão atuais e inseridos em normas técnicas de pavimentação, como no caso da norma DNIT para bases de solos lateríticos, que ainda hoje consiste em uma publicação de relevância internacional.

Importante ressaltar, e talvez essa seja a mensagem principal dos editores, que a Revista Pavimentação sempre foi um fórum para divulgação de artigos científicos, relacionados tanto ao estado da arte quanto ao estado da prática da pavimentação nacional, de forma ampla e democrática, ajudando autores a obterem ampla publicidade de seus trabalhos e aos leitores a terem acesso às novidades tecnológicas e informações técnicas úteis. Assim sempre foi e assim continuará sendo.

A presente edição tem, por consequência, um caráter especial, que também pode ser comprovado pelo significativo conteúdo dos artigos selecionados, os quais serão comentados na sequência.

O primeiro artigo, cujos autores são oriundos de três universidades federais do interior de Minas Gerais – Viçosa, São João Del Rei e Juiz-de-Fora – avalia de forma comparativa a vida de fadiga de quatro misturas asfálticas à quente, cujas características são comuns no meio rodoviário nacional. O trabalho conclui que as misturas asfálticas dosadas pelo método Superpave apresentaram melhor desempenho em fadiga do que as misturas asfálticas dosadas pelo método Marshall, e que ao serem combinados os fatores: método de dosagem Superpave, adequados teores de projeto de ligante asfáltico e agregados de granulometria mais densa – obtêm-se misturas asfálticas com melhores resultados de vida de fadiga.

O segundo artigo, de autores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, apresenta um estudo sobre misturas asfálticas ensacadas, um tipo de material que vem sendo cada vez mais comum no nosso meio. Neste estudo os autores mostram que tais misturas apresentam comportamento similar ao de misturas a frio, não apresentando comportamento adequado após seis meses de fabricação, fato que sugere melhorias no aprimoramento e normatização deste produto.

O terceiro artigo trata da apresentação de aprimoramentos no equipamento de simulação de cargas de tráfego do Laboratório de Geossintéticos da EESC-USP, que resultaram em eficiência no monitoramento e aquisição de dados.

O quarto artigo, cujos autores são do Instituto Militar de Engenharia, discorre sobre peculiaridades da geotecnia de pavimentos do Estado do Acre, notadamente um dos locais mais difíceis para pavimentação no Brasil. Aspectos relacionados a critérios de seleção de materiais e obras envolvendo solos expansivos são, porém, de aplicação nacional.

Portanto, prezados leitores, esperamos que tenham uma boa leitura da edição especial da nossa revista!

Antonio Carlos Rodrigues Guimarães, Luciana Nogueira Dantas, Cássio Alberto Teoro do Carmo e Georgina Libório Azevedo Braga

Editores da Revista Pavimentação